quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Le Monde / The Times

Trabalho apresentado há umas 3 semanas atrás sobre a relevância do tipo de letra, na figuração do estilo do jornal.
A relevância do tipo de letra, na­ figuração do estilo do jornal

Na minha perspectiva pessoal, somente isso, o formato do tipo de letra utilizada no Le Monde faz nos recuar temporalmente ao século XVII, altura em que Luís XIV de Borbón o proclamado “Rei do Sol” governava a França numa monarquia absolutista, onde as penas de ganso eram o instrumento principal de escrita do Rei. A delicadeza e o serpentear de escrita das penas, transmitem uma sensação de soberania e autoridade intelectual. Relembra igualmente a Revolução Francesa, os próprios caracteres do Le Monde assemelham-se tanto a um punho de espada, como um touché decisivo, quiçá, de Napoleão Bonaparte nas suas inúmeras batalhas, vindo a derrubar o Antigo Regime presidida pelo Rei Luís XVI. Por isso, a repercussão que o Le Monde quer dar ao leitor, é uma leitura elitista, onde cada leitor é especial e exclusivo.


O Salvamento dos mineiros soterrados desde Agosto em San José (Chile) retratado com um abraço deveras simbólico do Presidente chileno Sebastián Piñera, em segundo plano, as palmas, a consagração e a emoção. Em relação a Piñera 3 pontos pertinentes são colocados por mim:

. A comoção pura de um ser humano de carne e osso, fruto de um final feliz.

. Benefício próprio numa clara tentativa de ganhar mais reputação perante a população chilena.

. Talvez o mais certeiro .............. um pouco dos 2 pontos acima referidos.

A relevância do tipo de letra, na figuração do estilo do jornal

Indubitavelmente no caso do The Times, os ingleses tentam preservar os bons costumes, a ética, o cavalheirismo, por vezes um pouco de “nonsense”. A seriedade é uma prioridade capital, bem como a eloquência com que aborda os temas. Ao olharmos para a concepção, o grafismo e o próprio significado das letras, a expressão “intemporal” é facilmente absorvida pelo nosso cérebro, mas ao perduramos o nosso pensamento e examinarmos perspicazmente as letras, chegaremos á conclusão que existem regras inquebráveis, onde existe uma cultura aristocrata de poder invisível, onde a nobreza estará sempre presente.

É geral, o dia de hoje é marcado pelo salvamento dos 33 mineiros chilenos, nesta foto em particular o The Times explora a consagração da liberdade, qual saída vitoriosa de um reality show com o prémio monetário mais elevado que se possa imaginar, a própria iluminação na retaguarda vem dar razão á minha interpretação, mas apesar de ter todos os ingredientes que um reality show tem, este é bem diferente, é a emancipação pura. A liberdade na sua essência máxima, esse bem intrínseco, tão nosso, que nem todos tem privilégio de o usufruir, a maior das dádiva que Deus nos concedeu. O plano contra picado é nos dado em quase todos os jornais globais, fazendo sobressair o que realmente deveríamos de dar valor, ou seja, a bondade, a coragem, o afecto, e muitas outras designações positivas que poderíamos enumerar aqui. A Humanidade saiu a ganhar com este episódio, mas todos sabemos que para a semana voltaremos a ser mesquinhos, malvados, hipócritas, indolentes a outras desgraças, tem tudo a ver com os pontos de vista que os meios de comunicação nos transmitem a informação. Será que estamos presos ao que os meios de comunicação nos fazem chegar? Se sim, então aonde está a liberdade?





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